Em comum eles têm muito. A começar por serem alguns dos menores cães peludos do mundo. Da-queles que se adaptam ao menor espaço e gastam suas energias até mesmo numa apertado kitchenet-te. Quanto à alimentação, são extremamente econômicos. Não chegam a ingerir por dia o que nós comemos numa única refeição. Agradavelmente, isso significa micros xixis e cocôs.
Costumam ser as estrelas do pedaço. Com suas vastas pelagens penteadas e brilhantes, muitas vezes adornados com laços e fitas, simplesmente param o trânsito. É claro que para abafarem mesmo no visual felpudo precisam de cuidados especiais - alguns mais, outros menos. Têm pouquíssimo cheiro natural, uma conveniência das melhores, em se tratando de cães que, não raro, dormem na cama e ficam aconchegados nos sofás.
No temperamento também possuem inúmeras semelhanças. Eles, ou foram criados exclusivamente para a companhia, sem nunca terem trabalhado para o homem - como os pastores e os caçadores - ou tiveram sua função de origem rapidamente relegada à vida de "mascote da família". Na história desses cãezinhos não faltam episódios em que eram os preferidos dos nobres e alguns até venerados como animais sagrados, cercados de luxos e mimos. A imensa proximidade que sempre mantiveram com o homem, explica uma de suas principais características: a dependência afetiva pelos donos. Muitos proprietários referem-se a eles como "minha sombra". Ciumentos, odeiam dividir o dono com outras pessoas. Caso sintam que, por um instante, o universo deixou de girar em torno deles, fazem de tudo para chamar a atenção de volta para si - seja pulando no colo do dono ou aprontando alguma travessura. Outro traço que as raças pequenas possuem em comum, é a excitabilidade por estímulos, como motor de carros, campainhas de porta etc. Hilda Drumond, cinóloga e consultora de Cães & Cia há 17 anos, explica que além da natureza mais dinâmica, o mundo é proporcionalmente maior para os pequenos, o que os torna mais "ligados"às possíveis ameaças. É por isso, também, que a maioria deles não se sobressai por uma grande paciência com crianças. As tradicionais brincadeiras estabanadas, que a garotada costuma fazer, os deixa em "pânico", e aí vale o ditado: a melhor defesa, é o ataque.
Em casa, por não serem cães grandes, não oferecem muito risco à integridade dos objetos que ficam sobre os móveis. Mesmo porquê, os esbarrões que, eventualmente, passam dar não costumam ter impacto suficiente para derrubar as coisas. Ainda assim, os menos ativos (que se mexem menos), são uma garantia extra neste sentido. Em passeios de carro, todos se saem bem: além de serem fácilmente transportáveis, não costumam causar transtorno, até se levados soltos. Afinal, mesmo que resolvam pular no seu colo, são tão pequenos que não chegam a atrapalhar. No entanto, os mais tranqüilos têm uma vantagem: não correm tanto o risco de enjoar.
Vale dizer que quedas e trancos, que em um cão grande não teriam conseqüências, podem causar fraturas e, as vezes, até fatais. Quanto menor a raça ou o exemplar, mais frágil é a sua ossatura.
É também por isso, que deve-se lutar contra a tendência de miniaturizar as raças que já são pequenos, pois tornam-se mais delicadas. Apesar de serem bastantes parecidos, eles têm diferenças. Para conhece-las, analisamos 25 itens que podem influenciar no convívio com estes cães (veja Comportamentos e Cuidados). Na ficha de cada raça, listamos as características que são de alto destaque, por serem as mais marcantes, além de outras que também merecem ser ressaltadas. | |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.